domingo, 27 de janeiro de 2013

UM BRADO DE DOR!


Jerri Almeida

O sofrimento humano diante de situações traumáticas, sobretudo em eventos como o que ocorreu em Santa Maria, representa um painel doloroso para tantos pais e mães que se defrontam com a desencarnação de seus filhos jovens e com perspectiva existencial promissora. Nenhuma palavra que se diga nesse momento é capaz de anular a dor emocional dos familiares. A administração desse sofrimento é tarefa individual, ao longo do tempo. Todavia, o apoio e a presença de amigos e familiares, com seus sentimentos de carinho e solidariedade, oportunizam um conforto maior aos corações aflitos e dilacerados.
Certamente, na Terra, dificilmente existirá dor maior do que aquela vivida por um pai que vê, diante de si, o corpo inerte de um filho querido. As contingencias evolutivas, em nosso planeta, ainda apresentam os quadros dramáticos de sofrimentos, associados às desencarnações coletivas.  O entendimento mais amplo dos mecanismos reencarnatórios vinculados ao livre-arbítrio, à lei de ação e reação e ao complexo quadro de vivências do ser espiritual, definem e redefinem o destino individual e coletivo, no tempo e no espaço, de cada individuo.
Os detalhes, as particularidades de cada evento, nos seus aspectos espirituais, serão conhecidos no momento oportuno por seus protagonistas. No mais, fica a necessidade de confortar os familiares, tanto quanto possível, nesse momento delicado e nos dias posteriores, quando a lembrança do filho querido teimar em permanecer na memória de seus genitores, e sua ausência configurar um vazio insubstituível. A oração de todos nós, por certo, repercutirá positivamente nesses corações.
Os benfeitores espirituais, encarregados do auxílio direto para essas famílias, aproveitarão essa corrente de amor para aproximarem-se, um pouco mais, das mentes desses pais e mães, intuindo esperança e confiança na vida. Esperamos, com isso, que esses pais desenvolvam a certeza do reencontro oportuno, pois no “palco da vida”, as luzes jamais se apagam.
Por mais chocante que seja esse evento, a vida é fenômeno exuberante que jamais se exaure. O conhecimento espiritual ajuda a desvelar o evento doloroso, mas naturalmente, não evita a dor prolongada, oriunda do amor imarcescível. O tempo se encarregará de apaziguar os dramas, encaminhando as almas para o inexorável reequilíbrio pelas veredas da Vida. 

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