terça-feira, 6 de dezembro de 2011

FELICIDADE E LEI DO TRABALHO


A felicidade, vista sob a ótica do pensamento espírita, é um processo que, naturalmente, não se configura plenamente em uma única etapa existencial, pois o ser humano, na sua incompletude, é um verdadeiro “universo em expansão”. Assim como os instrumentos musicais em uma orquestra, necessitam estar “afinados” para produzirem, através da habilidade de seus músicos, melodias que encantam os ouvidos mais refinados, nós – seres humanos – também necessitamos sintonizar com a ideia de crescimento moral para fazer “expandir nossa felicidade”.
Dessa forma, a questão da felicidade se enquadra dentro da “lei do trabalho”, estudada por Allan Kardec, isto é, a felicidade não é algo que “caia do céu”, mas fruto do esforço pessoal de cada um para conquistá-la. O pulsar do universo nos convida, a cada instante, não somente ao trabalho necessário para garantir nossa sobrevivência física (única preocupação de muitos), mas, sobretudo, ao trabalho interior: revisando hábitos e tendências, ações e comportamentos, pensamentos e decisões. Nenhuma reflexão dessa natureza deverá servir para fomentar sentimentos de culpa, remorsos ou ressentimentos. Tal esforço é válido no sentido de buscarmos compreender melhor nossas emoções, ações e reações no plano de nossa felicidade.
O espiritismo ressalta que o conhecimento do que somos é uma de nossas grandes tarefas na Terra, visto que uma relação de harmonia com o meio, reflete a relação do homem consigo mesmo. Sendo assim, a cultura espírita é fruto de uma cosmovisão da vida numa perspectiva multidisciplinar, integrando ciência, filosofia e religião, em sua estrutura básica, partindo para a arte e a literatura como forma de expressão estética elevada da sensibilidade humano-espiritual.

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