domingo, 19 de julho de 2009

SER MEDUSA, OU SER PERSEU ?

Conta a mitologia grega, que Perseu, com a ajuda dos deuses protetores, partiu para a grande missão de sua vida. O filho de Júpiter seguiu para uma região sombria, onde o sol jamais penetrara.; ali morava Medusa, o terrível monstro que tinha sobre a cabeça, à feição de cabelos, um emaranhado de serpentes que tinha o poder de petrificar as criaturas. Perseu, munido de muita coragem, levou consigo um escudo polido, capaz de refletir a imagem nele projetada. Perseu entrou na caverna guiando-se pela superfície espelhada do escudo. Avistou Medusa. Percebendo que ela dormia, aproximou-se cuidadosamente. Medusa acordou. Perseu, guiando-se sempre pela imagem do espelho-escudo, observou o pescoço da mulher-monstro, decepando-lhe a cabeça com um golpe certeiro. Perseu derrotava Medusa.
Medusa é a personificação do “estudante espírita, paralisado no estudo”. Simboliza a tendência da pessoa humana de somente “receber”, estaticamente, sem doar. É a pessoa que não quer assumir compromissos na Instituição espírita e, por isso, encontra sempre um mecanismo de fuga. Normalmente, projeta-se a “culpa” para a falta de tempo, devido aos envolvimentos familiares e profissionais. É sabido que esses argumentos são frágeis. Então a pessoa alça mão de seu verdadeiro argumento de fuga: “Ainda não me acho preparada.”
Talvez o que esteja faltando, como ocorreu com Perseu, é assumir-se uma atitude corajosa diante do monstro interno que paralisa a iniciativa para o trabalho voluntário.
Ser Perseu, ou ser Medusa, é opção de cada um, segundo o uso de sua liberdade aliada a sua consciência. Mas optar por ser Medusa, é fazer a opção por manter petrificado os sentimentos, deixando o sujeito muito indiferente em relação às necessidades alheias.
Quem luta para vencer o "monstro interno" do egocentrismo e da indiferença, já descobriu o prazer de servir e, por certo, já encontrou o verdadeiro prazer de viver.

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