terça-feira, 28 de julho de 2009

MAGNETISMO


De forma geral, podemos definir o magnetismo como sendo uma “força que irradia de todos os corpos”. Ao longo do tempo passou por várias denominações: magnetismo animal, força vital, od, força neúrica, etc. O conhecimento do magnetismo não é algo novo, na verdade é muito antigo. No Egito de Ramsés, um velho papiro ensinava: “Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece”. No entanto, somente através dos séculos o magnetismo pode ser popularizado por Mesmer e, mais tarde, melhor estudado por Jaime Braid, Durand de Gross, Charcot e Liébeault.
O denominado magnetismo animal é aquele que estuda a força emanada dos entes animados. Todos nós temos a possibilidade de irradiar e potencializar energias e/ou fluidos que nos são peculiares devido a nossa psicosfera mental. Ocorre que os teóricos do magnetismo, preocupados com “a forma”, passaram a desenvolver múltiplas técnicas de aplicação dessa bioenergia.
Allan Kardec, mesmo antes de conhecer o espiritismo, estudou profundamente o magnetismo animal. Mais tarde, em “A Gênese” , cap. 14, o Codificador faz um excelente estudo da Teoria dos Fluidos, analisando as três formas de manifestação do magnetismo ou, da emanação fluídica: a) Magnetismo Humano: produz-se pela irradiação “exclusiva” de fluidos do próprio indivíduo, também chamado magnetizador. b) Magnetismo Misto: ocorre pelos fluidos que os espíritos projetam sobre o magnetizador, ou médium passista, que serve de veículo para esse processo. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime propriedades terapêuticas de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos espíritos é espontâneo, porém, provocado pela vontade do “passista” servir ao bem, dentro dos princípios da disciplina. E finalmente, c) Magnetismo Espiritual: pelo fluido dos espíritos, atuando diretamente sem intermediário sobre um encarnado, seja para exercer sobre o indivíduo uma ação física ou moral qualquer.
Ocorreu uma tendência histórica no Movimento Espírita de transitarmos da prática do Magnetismo Humano para o Magnetismo Misto, justamente pela difícil tarefa de precisar quando ocorre “unicamente” o magnetismo humano. Compreende-se que os espíritos benfeitores exercem, também, profunda influência na transmissão daquilo que se convencionou chamar de Fluidoterapia. O Passe Espírita, portanto, não comporta gesticulações e verdadeiras ginásticas adotadas por pseudos estudiosos, mais ligados às antigas práticas mesméricas já superadas, do que propriamente à essência doutrinária do Espiritismo. Oportuna a afirmação do prof. Herculano Pires quando diz que: “Os elaboradores e divulgadores de técnicas do passe não sabem o que fazem. A técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante”.
Atualmente, dentro das tendências de algumas instituições espíritas, observa-se a adoção com mais ênfase do Magnetismo Espiritual ou Passe Espiritual. Via de regra, a atuação direta dos espíritos benfeitores é uma realidade, onde quer que se faça necessário.
Finalmente, sugerimos aos interessados nessa temática, o estudo aprofundado e sistematizado do capítulo XIV de “A Gênese”, obra notável que nos apresenta o que há de mais profundo na literatura espírita sobre a dinâmica magnética ou fluidoterápica espírita.

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