terça-feira, 16 de novembro de 2010

PONTOS ESSENCIAIS AOS CÔNJUGES (II)

Aceitar a importância do problema
sexual de um para o outro.

A sexualidade faz parte desses “vasos comunicantes”, capaz de mediar o crescimento do casal. A função sexual traduz uma troca não somente de carícias, de satisfação dos desejos, mas uma verdadeira simbiose energética, potencializando o relacionamento, quando com dignidade. Muitos casais parecem ter negligenciado a dimensão positiva da sexualidade no conjunto da vida conjugal. Nessa dimensão, ocorre a possibilidade singular de comunicação entre duas individualidades que, reciprocamente, buscam uma unidade.
O sexo no casamento é um revitalizar do afeto, e não somente a expressão fisiológica das estruturas hormonais. É uma permuta de vibrações psíquicas altamente positivas para a integração dos cônjuges. André Luiz, em seu livro: Sexo e Destino, informa que a união sexual produz uma permuta de energias perispirituais que estimulam a realização entre as almas. Muitas vezes distorcido pelos valores da cultura pós-moderna, definindo o sexo com um produto para o prazer fugaz e para a ruptura com a solidão, o problema da sexualidade está diretamente vinculado a inúmeros conflitos que irrompem no casamento.
A adaptação sexual entre o casal e a manutenção da sexualidade, regada pelo carinho e entendimento, é um fator importante para o equilíbrio do relacionamento. Muitos casais viram “pai” e “mãe” e esquecem do papel conjugal. Quando as primeiras dificuldades emocionais aparecem, o distanciamento sexual surge, veladamente ou não, como um fator conflitivo.


Entender que o amor inclui o respeito,
a cortesia, a afabilidade e a discrição.


Muitos casais possuem o terrível hábito de menosprezarem o cônjuge quando estão entre amigos. Falam de seus defeitos e limitações, muitas vezes relacionados com a própria vida íntima do casal. Na raiz desses comportamentos, normalmente, está um bloqueio na comunicação e temperamentos dificultosos. Um tenta rebaixar o outro para ganhar visibilidade, importância ou se vitimizar, consciente ou inconscientemente.
Quem se considera vítima não consegue se comunicar com seu suposto algoz. Há casais que somente conseguem manter um nível de conversa quando estão no meio de amigos. A terapeuta Eleonora Canalis ressalta que mais de 70% dos problemas conjugais, mesmo com poucos meses de casamento, estão relacionados com a família de origem. Mesmo que possivelmente esse seja um dado exagerado, carregamos conosco as limitações derivadas, não somente das falhas/acertos de nosso histórico familiar, mas também de nossa ancestralidade espiritual.
O temperamento de hoje é fruto da estrutura psíquica do próprio espírito, ao longo de suas vivências, no tempo e no espaço, no corpo ou na vida espiritual. Bloqueios e vícios que afastam as criaturas do respeito com o outro, da afabilidade, da cortesia, da discrição, entre outros, necessitam de revisão atenta e honesto reconhecimento, como primeiro passo para sua superação.

Pesquise no Blog

Loading

TEXTOS/ARTIGOS ANTERIORES