segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O CRISTIANISMO E O NATAL


Os historiadores do cristianismo empenham-se por encontrar os indícios materiais que comprovariam a existência do homem Jesus. Além da Bíblia, encontramos outras poucas referências a Jesus em autores como Flavius Josephus, um historiador judeu do primeiro século. Em sua obra: Antiguidades , ele afirma: “Havia por aquele tempo Jesus, um homem sábio, se for direito chamá-lo de homem...”
No século II, Tácito, um famoso historiador romano também se refere a: “...Cristo, que o procurador Pôncios Pilatos entregou ao suplício.” Seria desnecessário enumerar outras referências. O fato é que o cristianismo ganhou cada vez mais espaço dentro do declinante Império Romano, passando, também, a sofrer uma mistura cultural, quase inevitável.
Dessa forma, a data que hoje conhecemos como atribuída ao Natal, foi definida no ano 336 d.C. O 25 de dezembro, oficializado no século 4, originou as festividades do nascimento de Jesus. Foi uma transposição cultural às comemorações, na mesma data, do nascimento de Mitra, o deus-sol de origem Persa.
O Natal, entretanto, aí está, quer seja nos seus aspectos simbólicos, ou no sentimento que impele o ser humano a uma profunda revisão de seus valores. Na crise de civilização que a humanidade atravessa, a proposta cristã – fundada na ética do amor – é muito mais profunda do que as meras apelações comerciais construídas pela sociedade capitalista.
Na verdade, podemos identificar na mensagem natalina um verdadeiro desafio à renovação interior. Muito embora sem nada escrever, Jesus Cristo continua influenciando milhões de pessoas, em todo o mundo. Longe de estarem superados, os seus ensinos morais representam um admirável repositório de sabedoria capaz de promover uma convivência, entre indivíduos e povos, mais pacífica e fraterna. Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec na questão 625 indagando os benfeitores espirituais sobre quem seria o Ser mais notável que Deus enviou à Terra para nos servir de modelo e guia, obteve como resposta: “Jesus”.
Logo, o Natal não deve ser visto nos acanhados limites dos festejos para troca de presentes. O verdadeiro sentido do Natal se dará quando Jesus, e tudo aquilo que ele representa, nascer efetivamente na Terra. Dessa vez, não mais em uma tosca cabana, mas no coração do próprio ser humano.

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