domingo, 15 de maio de 2011

O LUGAR CERTO!


Para o psicólogo Leo Buscaglia, a maioria das pessoas infelizes não gostam de si mesmas e de onde estão. Escreve ele: “... e escolheriam, se pudessem, ser outra pessoa e estar em outro lugar.”[i]  Será mesmo que podemos estar no lugar errado? Se assim fosse, a vida seria um mero casuísmo, uma espécie de jogo de dados, ao sabor dos caprichos da natureza. A vida, no entanto, é inteligentemente bem estruturada. À luz do conhecimento espírita, vivemos na órbita de nossos méritos e deméritos. Na vida espiritual escolhemos e planejamos, se já temos certo grau de maturidade para isso, o conjunto daquilo que será a nossa futura existência física. Se não conquistamos a maturidade para tanto, nossos benfeitores espirituais, após examinarem com grande cuidado o quadro geral e específico de nossas necessidades evolutivas, decidem sobre nossa futura reencarnação.
Seja como for, nossa existência possui sempre a dimensão de nossas necessidades. Deus não erra! O que ocorre, é que trazemos o grande desafio de aprendermos a gerenciar ou administrar as nossas emoções, transpondo os caminhos inóspitos da vida, com sabedoria. Existe aquela pessoa que é  expert em administrar a vida dos outros. Para ela, os problemas alheios seriam facilmente resolvidos adotando-se essa ou aquela postura. Todavia, quando os desafios batem à sua porta, permite-se mergulhar no desespero, afirmando que os seus, são os piores problemas.
Esse será o momento em que necessitaremos fazer emergir, das profundezas de nossa alma, as forças indispensáveis para o enfrentamento equilibrado. Sim, estamos no lugar onde devemos estar, mas poderemos sempre ser melhores do que somos. O pensamento equivocado é o do imobilismo, da inanição, onde o indivíduo se acha sempre a “vítima” da vida, permanecendo um simples “pedinte”, incapaz de “doar”.
Trazemos uma herança espiritual própria. Nela, encontraremos potenciais positivos, já experenciados em outras vivências, como também aquelas predisposições que necessitaram ser educadas pacientemente. Isso significa que, apesar de tudo, necessitamos viver o hoje de forma harmônica, com a lucidez de que a felicidade não é uma questão de “sorte”, mas de “opção” pessoal. Quando acordamos pela manhã podemos nos perguntar: hoje você tem duas opções: ser feliz, ou infeliz! Qual escolheremos?
Não se trata, obviamente, de buscarmos simplificar a questão da felicidade, mas de percebermos que, simplesmente, de nada adiantará vivermos na faixa da infelicidade. O espírito Joanna de Ângelis, através do Médium Divaldo P. Franco, afirmou que existem, pelo menos, 100 milhões de depressivos no mundo. Isso, naturalmente, evidencia que o ser humano necessita reavaliar, urgentemente, o seu conceito de felicidade e infelicidade.

 NOTA

[i] BUSCAGLIA, Leo. Assumindo A Sua Personalidade. Rio de Janeiro: Record, 1978. p.25.

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