Jerri Almeida
O
sofrimento humano diante de situações traumáticas, sobretudo em eventos como o
que ocorreu em Santa Maria, representa um painel doloroso para tantos pais e
mães que se defrontam com a desencarnação de seus filhos jovens e com perspectiva existencial promissora. Nenhuma palavra que se diga nesse momento é capaz de anular a dor emocional dos familiares. A administração desse
sofrimento é tarefa individual, ao longo do tempo. Todavia, o apoio e a
presença de amigos e familiares, com seus sentimentos de carinho e
solidariedade, oportunizam um conforto maior aos corações aflitos e dilacerados.
Certamente,
na Terra, dificilmente existirá dor maior do que aquela vivida por um pai que
vê, diante de si, o corpo inerte de um filho querido. As contingencias
evolutivas, em nosso planeta, ainda apresentam os quadros dramáticos de
sofrimentos, associados às desencarnações coletivas. O entendimento mais amplo dos mecanismos
reencarnatórios vinculados ao livre-arbítrio, à lei de ação e reação e ao
complexo quadro de vivências do ser espiritual, definem e redefinem o destino
individual e coletivo, no tempo e no espaço, de cada individuo.
Os
detalhes, as particularidades de cada evento, nos seus aspectos espirituais,
serão conhecidos no momento oportuno por seus protagonistas. No mais, fica a
necessidade de confortar os familiares, tanto quanto possível, nesse momento
delicado e nos dias posteriores, quando a lembrança do filho querido teimar em permanecer
na memória de seus genitores, e sua ausência configurar um vazio insubstituível.
A oração de todos nós, por certo, repercutirá positivamente nesses corações.
Os
benfeitores espirituais, encarregados do auxílio direto para essas famílias,
aproveitarão essa corrente de amor para aproximarem-se, um pouco mais, das
mentes desses pais e mães, intuindo esperança e confiança na vida. Esperamos, com
isso, que esses pais desenvolvam a certeza do reencontro oportuno, pois no “palco
da vida”, as luzes jamais se apagam.
Por mais
chocante que seja esse evento, a vida é fenômeno exuberante que jamais se
exaure. O conhecimento espiritual ajuda a desvelar o evento doloroso, mas
naturalmente, não evita a dor prolongada, oriunda do amor imarcescível. O tempo
se encarregará de apaziguar os dramas, encaminhando as almas para o inexorável reequilíbrio
pelas veredas da Vida.
Deus ilumine estas familias
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